Neste Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a exigência de um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza, a entrada de ajuda humanitária em quantidade suficiente e a retirada das forças israelitas dos territórios palestinianos, condições fundamentais
para que cesse o genocídio que está em curso há mais de um ano – no qual as bombas, a fome e a doença vitimaram dezenas de milhares de pessoas (sobretudo crianças), dizimaram famílias inteiras e destruíram instalações humanitárias, culturais, religiosas, de saúde e de educação.
Desde 1977, instituído pelas Nações Unidas, que o dia 29 de Novembro marca o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano. Neste dia, e não esquecendo que há quase 8 décadas que o povo palestiniano sofre com os crimes cometidos por Israel, o CPPC reafirma a sua profunda solidariedade com a luta heróica deste povo, que há décadas resiste, pelo respeito dos seus inalienáveis direitos nacionais.
Estes crimes, que são em si mesmo crimes contra a Humanidade e que diariamente chocam os povos do mundo, são testemunhados diariamente por organizações internacionais que trabalham na Faixa de Gaza e foram confirmados pelo Tribunal Internacional de Justiça, declarando ilegal a ocupação dos territórios palestinianos, e pelas sentenças emitidas pelo Tribunal Penal Internacional, contra o primeiro-ministro e o antigo ministro de Defesa de Israel, respetivamente Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.
Neste Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, estendemos a nossa solidariedade à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, a UNRWA, alvo de um miserável ataque por parte de Israel – que não só já assassinou muitos dos seus funcionários como veio agora “proibir” a sua atividade.
Criada há 75 anos, a UNRWA presta assistência a mais de cinco milhões de refugiados palestinianos, constituindo a prova viva da existência desses mesmo refugiados, nessa condição devido às sucessivas políticas israelitas.
Hoje é também dia para recordar o novo veto dos EUA – e da administração Biden – a mais uma proposta de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas exigindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Posição que não é inédita e que deixa a descoberto o que há muito é evidente: os EUA são igualmente responsáveis pelo genocídio em curso na Faixa de Gaza, perpetrado com armas norte-americanas e ao serviço dos interesses dos EUA no Médio Oriente.
Neste Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, o CPPC recorda ainda os crimes cometidos todos os dias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental: assassinatos, roubo de propriedades, demolições de casas, expulsão de populações palestinianas das suas localidades e construção de novos colonatos, práticas ilegais à luz do direito internacional, que Israel viola constante e despudoradamente. E lembra os milhares de presos palestinianos detidos ilegalmente em prisões israelitas, muitos dos quais menores.
Por tudo isto, e porque os povos devem ter o direito à sua soberania, ao seu Estado, e a viver em paz, saímos hoje à rua, apelando à participação de todas nas ações que terão lugar:
Em Coimbra, às 17h30 na Estação Nova
No Porto, às 17h30 na Praceta da Palestina.
Em Lisboa, às 18h00 em frente à Embaixada de Israel