Leia o jornal da Campanha "Sim à Paz! Não à NATO!"
http://issuu.com/conselho_paz/docs/jornal_sim_a_paz_2016
"Não aos objectivos belicistas da cimeira de Varsóvia
Tal como sucederá noutros países da Europa, também em Portugal organizações das mais variadas áreas de intervenção uniram-se para contestar os objectivos belicistas da cimeira que a NATO realiza na capital da Polónia, Varsóvia, nos próximos dias 8 e 9 de Julho, e afirmar a exigência da dissolução deste bloco político-militar, que tem sido a principal ameaça à paz e à segurança na Europa e no mundo. Num momento em que se multiplicam situações de tensão e conflito e aumenta a insegurança e a instabilidade internacionais, a realização desta cimeira e os seus objectivos belicistas, num momento em que a NATO se aproxima cada vez mais das fronteiras da Federação Russa e intervém no Mediterrâneo, são de uma imensa gravidade.
Os tempos não são de indiferença, mas de esclarecimento e mobilização: pela paz; pela retirada de todas as forças da NATO envolvidas em agressões militares; pelo fim da chantagem, desestabilização e guerras de agressão contra estados soberanos; pelo apoio aos refugiados, vitimas das guerras que a NATO promove e apoia; pelo encerramento das bases militares em território estrangeiro e do desmantelamento do sistema anti-míssil dos EUA/NATO; pelo desarmamento geral e da abolição das armas nucleares e de destruição massiva; pela dissolução da NATO; e pelo cumprimento por parte das autoridades portuguesas dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, no respeito pela soberania e igualdade de povos e Estados.
Sim à Paz! Não à NATO!
8 de Julho, às 18 horas, em LISBOA
Acto Público, Rua do Carmo"
"Não às armas nucleares: desarmamento!
Até ao momento, só em duas ocasiões foram utilizadas armas nucleares: a 6 e 9 de Agosto de 1945, os EUA bombardearam com este tipo de bombas as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, provocando a morte imediata a dezenas de milhares de pessoas, a morte lenta a muitas outras e graves deficiências e doenças, que ainda hoje persistem, em muitas das vítimas e nos seus filhos e netos.
Os actuais arsenais nucleares, com uma capacidade destrutiva incomparavelmente superior às bombas de 1945, são um inquietante motivo de preocupação para o mundo. Os EUA e a NATO admitem, nas suas estratégias ditas «de segurança», recorrer a armas nucleares num primeiro ataque, algo que nenhum outro país faz. A abolição das armas nucleares e de destruição massiva e o desarmamento geral, simultâneo e controlado são exigências prementes do nosso tempo."
"Tentáculos da destruição
Fundada em 1949 por 12 países, a Organização do Tratado do Atlântico Norte/NATO tem hoje 28 membros, espalhados pela América do Norte e Europa (da costa atlântica às portas da Ásia, do Mediterrâneo ao Mar do Norte). Os seus tentáculos estendem-se, porém, muito mais longe, através das «parcerias estratégicas» e acordos bilaterais que mantém com diversos países e organizações de Estados em regiões sensíveis do globo, como o Atlântico Sul, África, Oceano Índico, Extremo Oriente e Pacífico Sul.
A abertura de uma delegação de Israel junto da NATO e a parceria com o Japão (que recentemente revogou a disposição constitucional que o impedia de participar em acções militares fora das suas fronteiras) assumem particular significado e gravidade. A União Europeia assume no Tratado de Lisboa a sua condição de «pilar europeu» da NATO.
O alargamento da NATO (quer o já efectuado quer o que se encontra em preparação), aliado às parcerias e acordos, à criação ou reactivação de novos comandos e à complexa rede de bases e instalações militares dos seus membros espalhadas pelo mundo, coloca hoje este bloco militar junto às fronteiras do que diz serem os seus «adversários estratégicos», a China e a Federação Russa, com os imensos riscos para a paz e a segurança que tal situação acarreta."
"Cimeira de Varsóvia
Ameaça aberta à segurança e à paz
Numa entrevista recente a um órgão de comunicação polaco, o Secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg revelou os objectivos belicistas da cimeira de Varsóvia, dirigida contra a segurança e a paz na Europa e no mundo. Um dos propósitos centrais é precisamente o avanço da «linha da frente» das forças da NATO ainda para mais perto da Federação Russa, nomeadamente com a colocação de forças militares em diferentes estados do Leste da Europa. Esta medida aumentaria ainda mais a pressão militar em torno da Rússia, considerada pela NATO (a par da China) como seu «adversário estratégico»: nas duas últimas décadas, a NATO integrou a maioria dos países que compunham o Pacto de Varsóvia, instalando em muitos deles bases e instalações militares.