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O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) repudia veementemente a consumação do golpe de Estado na Bolívia contra o Presidente Evo Morales, o seu governo, a constitucionalidade democrática e o povo boliviano.

Trata-se, como o CPPC anteriormente denunciou, de mais um passo na concretização da agenda de desestabilização dirigida a partir de Washington contra os povos e países que, na América Latina e Caraíbas, têm protagonizado processos de afirmação de soberania, de progresso social e de cooperação.

Campanha desestabilizadora dos EUA que visa agora, a partir de uma operação golpista e em conluio com as forças anti-democráticas bolivianas, a reversão dos importantes avanços alcançados nos últimos anos pelo povo boliviano, sob a presidência de Evo Morales e o seu governo, como o crescimento económico ao serviço do povo, a redução da pobreza e das desigualdades sociais, a garantia de direitos sociais, como a saúde e a educação, e dos direitos dos povos indígenas, a nacionalização de recursos energéticos, o fortalecimento do papel das empresas públicas ou uma relação de paz e de cooperação entre os povos deste subcontinente.

 

O golpe de Estado ontem consumado vinha sendo preparado desde há semanas, entrando em execução no próprio dia das eleições gerais de 20 de Outubro, que reelegeram Evo Morales como presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, primeiro, contestando os resultados e exigindo novas eleições; depois, forçando a renúncia de Evo Morales; e posteriormente, tentando impedir a sua participação em novos atos eleitorais – apesar das diversas iniciativas de Evo Morales, legitimo Presidente, para o encontrar de uma solução política, no quadro da constitucionalidade democrática da Bolívia, incluindo com a convocação de novas eleições.

O processo golpista que envolveu as hierarquias militares e policiais, responsáveis de grandes empresas e grupos armados de cariz fascista, ficou marcado pela violência contra forças políticas e sociais, dirigentes e ativistas e familiares de ministros e outros responsáveis, com a conivência das forças da polícia e militares bolivianas.

Reafirmando, neste momento, a sua solidariedade para com o povo boliviano e as forças democráticas e amantes da paz da Bolívia, o CPPC denunciará em Portugal o golpe que ditou o afastamento de Evo Morales e pugnará junto das autoridades portuguesas para que estas se posicionem em defesa da reposição da legalidade democrática naquele país.

Direção Nacional do CPPC

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